quinta-feira, dezembro 25, 2014

RESENHA DE N° 5: A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra, Robin Sloan

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A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…
Publicado pela editora Novo Conceito;
288 páginas;
Avaliação:

                O livro começa com Clay Jannon contando que trabalha numa livraria chata e que deveria estar utilizando os conhecimentos que ganhou na faculdade. Ou seja, deveria ser um web designer. Aí já começa meio chato. Porque como sempre colocam, o autor diz que pessoas que sabem mexer em coisas nos computadores não são muito chegadas a livros e praticamente o mundo fora do computador. E aí eu já começo a odiar o personagem principal.
                Clay começa a perceber que na livraria existe uma parte onde é uma biblioteca. A qual as pessoas vêm, pegam um livro e devolve o que pegaram emprestado antes (nossa! Como se vocês não soubessem como funciona uma biblioteca). Só que a parte da biblioteca é muito estranha, porque só pessoas (geralmente velhas (Velhos não se ofendam , por favor)) de um clube escolhido pelo dono da livraria podem pegar os livros da biblioteca, e esses livros estão sempre escritos em códigos.
                O dono da biblioteca/livraria é o Sr. Penumbra (que no livro sempre se refere a Mr. Penumbra, então eu me pergunto se o tradutor pensou que “Mr.” Era nome próprio sem tradução), que é velho e divertido. E o meu personagem preferido. Ele é ousado e nunca se importa com as reclamações do seu “patrão”.
                Clay conhece Kat, e se apaixona por ela. Esse romance é muito chato. Porque os dois personagens são chatos (a menina é bem mais chata que ele). Porque ambos só falam da internet, da imortalidade (o que poderia ser uma assunto legal se não abordado dessa maneira) e do Google. Kat trabalha no Google, por isso tudo o que outras pessoas pensam que não conseguem resolver ela diz que o Google pode e que ele tem a resposta certa. Se os funcionários da Google são chatos assim, espero nunca conhecer um.
                Os post-its que eu coloquei não foram todos para partes negativas dessa vez (Yaaay!). Eu fiquei revirando os olhos quando Kat diz tal frase para Clay: “vai ter de beber, senão não é uma festa de verdade, né?” Pag.75. Ok, então eu nunca fui a uma festa de verdade na minha vida. E o mais chocante:  eu nunca pretendo ir.
                Mas uma coisa que me deixou feliz foi que: A Sra. Lapin (um dos membros da biblioteca e que sempre a chamam por “Miss” também), tem sua casa com cheiro de maconha sempre. E às vezes tem a fumaça! Eu não estou dizendo que isso é uma coisa que pessoas deveriam fazer. Eu estou dizendo que autores deveriam fazer! Mas não fumar (porém se quiserem, podem ir), e sim quebrar o preconceito. O preconceito de que só quem faz coisa “proibida” são os jovens porque eles são “imprudentes”. Que nada! Sra. Lapin é muito inteligente! E eu gostei de ele não ter atribuído isso a algum jovem que ele cita e quem tem caráter fraco.
                Chega uma hora que o menino descobre porque os livros da biblioteca são criptografados e é aí que o livro fica interessante. Antes disso, o livro era só uma história chata de um menino que não gosta de onde trabalha e que está encantado porque está namorando uma mulher que trabalha no Google.
                E a parte realmente interessante do livro é parte que eu menos entendi. Eu não sei se foi porque o escritor não soube escrever ou porque eu não soube ler. Eu sei que todo o enigma que tem e a resposta são confusos. E que até agora (eu terminei o livro algumas horas atrás, mas mesmo assim) eu ainda estou tentando entender essa parte do livro.
O livro fala muito sobre uma fonte em particular. A Gerritszoon. Fala muito bem dela, como se fosse sensacional, uma das mais lindas do mundo. Mas é normal. Clique nessa frase para ver a fonte (provavelmente você faz coisas em algum editor de imagem, né?).  Mas o fascinante da fonte, é que ela foi feita no metal, esculpida mesmo, por Grifo Gerritszonn (e eu só sei fazer cobrinhas nas massinhas). Isso é o que o livro diz, eu não procurei saber se era verdade.
O fim do livro é confuso. É um final chato. Eu, sinceramente, li e fiquei pensando: “É isso? Eu li o livro todo para isso? Eu fiquei com vontade de abandonar, mas depois fiquei com vontade de ler de novo, para nada? Sério? Mesmo?”. É, eu sou muito seletiva quanto a livros que não têm como protagonista crianças.

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