terça-feira, janeiro 13, 2015

RESENHA DE N° 6: Silo, Hugh Howey

Um comentário

O que você faria se o mundo lá fora fosse fatal, se o ar que respira pudesse matá-lo? E se vivesse confinado em um lugar em que cada nascimento precisa ser precedido por uma morte, e uma escolha errada pode significar o fim de toda a humanidade?Essa é a história de Juliette. Esse é o mundo do Silo.
Publicado pela editora Intríseca;
501 páginas;
Avaliação:

O livro é intitulado “Silo” pelo fato das pessoas morarem no que elas chamam silo (não fui clara, mas tenha paciência). O silo é um lugar subterrâneo, com vários níveis (um para cada função necessária para o funcionamento do silo) e todos esses níveis são acessíveis somente por escadas em espiral (o que fez eu me perguntar se não existe nenhum deficiente físico, ou se eles não saem de seus níveis, ou se eles são mortos). A narrativa é dividida em quatro partes, tendo as três primeiras falando sobre uma pessoa especificamente e a quarta variando entre as pessoas citadas anteriormente.
Desde a primeira parte o livro surpreende. Não me surpreendeu mais porque eu li a contra capa do livro (e é por isso que eu prometi a mim mesma não fazer mais isso porque senão vou me ferrar futuramente como aconteceu agora).
Começa com o xerife Holston subindo as escadas (e prestando muita atenção nelas, mais do que eu prestaria sobre qualquer coisa) e pensando na limpeza que vai fazer. Essa limpeza é feita por pessoas que vão ao exterior, já que todas as imagens que as pessoas no interior veem são transmitidas por câmeras (o que as pessoas vão limpar). As pessoas que vão limpar, nunca mais voltam. E o livro já começa nessa revelação sobre o xerife estar indo se matar e você não sabe o porquê.
A segunda parte é sobre a prefeita Jahns. Ela decide fazer uma viagem até o último nível do silo. E essas partes são para conhecermos melhor os personagens do livro que vão ser mais detalhados na quarta parte, para introduzir-nos a Juliette Nichols (e para mostrar que o autor não tem piedade).
Jules é a personagem principal do livro (o que anula algumas possibilidades do que pode-se pensar que acontecerá, mas mesmo assim ficamos com medo), ela é uma mulher que trabalha no último nível do silo arrumando máquinas. Quando ela vai descobrindo coisas sobre o exterior e sobre o passado, ela vai se colocando em perigo.
E aqui, no meio da resenha, uma foto da minha gata me impedindo de ler:

Esse livro foi o único que me fez amar a personagem principal. Porque ela independente das outras mulheres que são principais em todos os outros livros que eu li, não fica remoendo sobre seu relacionamento por cinco ou seis páginas, ela se importa com o que realmente é preciso. Ela se importa com o fato de que as coisas não acontecem pelo que ela pensa, ela se irrita com isso e se alguém gosta dela isso é totalmente segundo plano (talvez até terceiro). E não é porque eu não gosto de romance, é porque se eu pego um livro para ler distopia, eu quero ler distopia. Eu quero ver o mundo horrível em que eles vivem e o que fazem para melhorar esse mundo, não se o/a personagem principal gosta mais de uma pessoa do que outra (ou se ela tem que gostar).
Virou favorito porque eu estava querendo ler uma distopia exatamente assim. Onde o sentimento importa, mas não mais do que fazer as pessoas e a si mesmo pararem de sofrer, não mais do que parar quem os engana. Até por que, se você é enganado e as coisas acontecem de uma forma totalmente diferente do que é ensinado, como você pode ter tanta certeza de que aquela pessoa a qual você passa tanto tempo pensando não te engana também?

Um comentário :

  1. Despertou minha curiosidade, vou procurar para ler.
    Parabéns pela resenha.
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    Seguindo e curtindo aqui...Beijihnos
    http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br/2015/01/resenha-amor-e-odio.html

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