Publicado pela editora Intríseca;
501 páginas;
Avaliação:
O livro é intitulado “Silo” pelo
fato das pessoas morarem no que elas chamam silo (não fui clara, mas tenha
paciência). O silo é um lugar subterrâneo, com vários níveis (um para cada
função necessária para o funcionamento do silo) e todos esses níveis são
acessíveis somente por escadas em espiral (o que fez eu me perguntar se não
existe nenhum deficiente físico, ou se eles não saem de seus níveis, ou se eles
são mortos). A narrativa é dividida em quatro partes, tendo as três primeiras
falando sobre uma pessoa especificamente e a quarta variando entre as pessoas
citadas anteriormente.
Desde a primeira parte o livro
surpreende. Não me surpreendeu mais porque eu li a contra capa do livro (e é
por isso que eu prometi a mim mesma não fazer mais isso porque senão vou me
ferrar futuramente como aconteceu agora).
Começa com o xerife Holston
subindo as escadas (e prestando muita atenção nelas, mais do que eu prestaria
sobre qualquer coisa) e pensando na limpeza que vai fazer. Essa limpeza é feita
por pessoas que vão ao exterior, já que todas as imagens que as pessoas no
interior veem são transmitidas por câmeras (o que as pessoas vão limpar). As
pessoas que vão limpar, nunca mais voltam. E o livro já começa nessa revelação
sobre o xerife estar indo se matar e você não sabe o porquê.
A segunda parte é sobre a
prefeita Jahns. Ela decide fazer uma viagem até o último nível do silo. E essas
partes são para conhecermos melhor os personagens do livro que vão ser mais
detalhados na quarta parte, para introduzir-nos a Juliette Nichols (e para
mostrar que o autor não tem piedade).
Jules é a personagem principal do
livro (o que anula algumas possibilidades do que pode-se pensar que acontecerá,
mas mesmo assim ficamos com medo), ela é uma mulher que trabalha no último
nível do silo arrumando máquinas. Quando ela vai descobrindo coisas sobre o
exterior e sobre o passado, ela vai se colocando em perigo.
E aqui, no meio da resenha, uma foto da minha gata me impedindo de ler:
Esse livro foi o único que me fez
amar a personagem principal. Porque ela independente das outras mulheres que
são principais em todos os outros livros que eu li, não fica remoendo sobre seu
relacionamento por cinco ou seis páginas, ela se importa com o que realmente é
preciso. Ela se importa com o fato de que as coisas não acontecem pelo que ela
pensa, ela se irrita com isso e se alguém gosta dela isso é totalmente segundo
plano (talvez até terceiro). E não é porque eu não gosto de romance, é porque
se eu pego um livro para ler distopia, eu quero ler distopia. Eu quero ver o
mundo horrível em que eles vivem e o que fazem para melhorar esse mundo, não se
o/a personagem principal gosta mais de uma pessoa do que outra (ou se ela tem
que gostar).
Virou favorito porque eu estava
querendo ler uma distopia exatamente assim. Onde o sentimento importa, mas não
mais do que fazer as pessoas e a si mesmo pararem de sofrer, não mais do que
parar quem os engana. Até por que, se você é enganado e as coisas acontecem de
uma forma totalmente diferente do que é ensinado, como você pode ter tanta
certeza de que aquela pessoa a qual você passa tanto tempo pensando não te
engana também?
Despertou minha curiosidade, vou procurar para ler.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
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Seguindo e curtindo aqui...Beijihnos
http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br/2015/01/resenha-amor-e-odio.html